Tinha uma dor que persistia há quatro ou cinco anos. Um pouco antes da pandemia, em 2019, comecei a sentir essa dor pela primeira vez, mas fui adiando, achando que poderia ser outra coisa.

Procurei um médico pensando que fosse hérnia, mas não era. Mais tarde acabei precisando fazer uma cirurgia de hérnia porque eu tinha pedra na vesícula. Antes dessa cirurgia, meu médico pediu uma ressonância e o resultado mostrou que eu tinha desgaste nas articulações.

Com esse diagnóstico, comecei a procurar informações sobre a prótese e sobre alternativas de tratamento antes de optar pela cirurgia de quadril. Encontrei muitos depoimentos, alguns desatualizados, dizendo que essa cirurgia era muito invasiva, perigosa e que, com 41 anos, eu era muito novo para colocar uma prótese. Continuei pesquisando e passei por alguns médicos que diziam que eu teria que operar, mas que seguisse a vida enquanto ainda tivesse qualidade.

Chegou um ponto, porém, em que percebi que já estava perdendo minha qualidade de vida. Tive que parar de correr, de jogar bola, de praticar jiu-jitsu, todas as atividades que sempre gostei muito. A única coisa que ainda conseguia fazer era futvôlei, mas sentia dor na perna e acabei parando também. Outra grande dificuldade era entrar no carro — eu não tinha força nenhuma e precisava levantar a perna com as mãos para conseguir.

Fiquei depressivo, irritado. Até que, em um sábado, meu filho me acordou para tomar café e, na TV, estava passando uma entrevista com um médico falando sobre a mesma cirurgia que o presidente faria. Entrei em contato, mas ele atendia apenas no Rio de Janeiro, e me indicou alguns profissionais em São Paulo.

Passei por um especialista, gostei do médico, mas a conduta da secretária não me agradou. Depois, minha cunhada conversou com o Dr. Paulo Muzy, que indicou o Dr. Marco Aurélio. Fiz uma consulta com ele, gostei e me senti seguro.

Como eu tinha uma viagem programada para o fim do ano (2023), já deixamos a cirurgia marcada para o meu retorno. Fiquei três meses ansioso até a viagem passar. Realizei a cirurgia em 28 de fevereiro de 2024.

Estava preocupado com a recuperação, mas no mesmo dia, à tarde, já estava andando com uma muleta. No dia seguinte tive alta do hospital e saí andando apenas com uma muleta, sem precisar de andador.

Após uma semana já estava na esteira e na bicicleta, fazendo fisioterapia. Sentia um pouco de dor, algo normal do processo, mas, com os dias e meses, a recuperação foi cada vez melhor.

Depois de um período curto de fisioterapia, o Dr. Marco Aurélio me liberou para a academia, para fortalecimento. Até porque tenho o mesmo problema no quadril direito e, provavelmente, terei que operar também, mas o fortalecimento vai ajudar a postergar isso.

Com dois meses de cirurgia, voltei ao futvôlei. Com três meses, joguei minha primeira partida de futebol. E com cinco meses de cirurgia voltei para jiu-jitsu. Tudo isso entendendo que são esportes que eu gosto de praticar e tenho que ter responsabilidade para não causar nenhum tipo de problema com a prótese de quadril, nem luxações. Mas posso garantir que você consegue praticar as atividades que gosta sem problemas, até porque foi para isso que fiz a cirurgia, não para voltar a andar, pois já andava, mas sim para voltar a praticar os esportes que eu gostava, mas sempre com a cabeça no lugar, com sabedoria, entendimento que aquilo pode ser um problema se não souber fazer com cautela e responsabilidade.

DEPOIMENTO:  FELIPE PINELO SOALHEIRO

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