JOELHO
Antes de mais nada… como funciona o joelho?
O joelho é a maior e mais complexa articulação do nosso corpo, onde os dois grandes ossos do membro inferior se encontram: o fêmur – osso da coxa – e a tíbia – osso da perna.
Para proteger esse encontro e aumentar a força da extensão do joelho, um osso fica à frente: é a patela, comumente chamada de rótula. Ao redor da articulação, uma membrana chamada cápsula produz um líquido que lubrifica e ameniza o choque entre esses ossos.
Em seguida vem a cartilagem articular, material que reveste a extremidade dos ossos de qualquer articulação. Ela cobre a extremidade do fêmur, a superfície da tíbia e a parte de trás da patela. Mede 0,5 cm, é branca, brilhante e tem textura parecida com a de uma borracha. Por ter essa maleabilidade, permite que as superfícies envolvidas deslizem sem atritos, absorvendo impactos e facilitando a mobilidade normal.
O joelho também conta com os ligamentos, feixes de tecido densos que conectam o fêmur e a tíbia e ajudam na estabilidade. Nas laterais do joelho estão o Ligamento Colateral Medial (LCM) e o Ligamento Colateral Lateral (LCL). Na parte interna, estão o Ligamento Cruzado Anterior (LCA), na frente, e o Ligamento Cruzado Posterior (LCP), na parte de trás. Há ainda duas cartilagens especiais, chamadas de meniscos. Eles funcionam como amortecedores para o peso do corpo e dão suporte aos ligamentos para estabilizar o joelho. Dessa forma, também protegem a cartilagem articular de forças excessivas. Se os meniscos são danificados, a concentração de força numa pequena área da articulação pode degenerá-la com o tempo.
A região do joelho conta ainda com tendões – tecidos parecidos com os ligamentos, mas que conectam os músculos aos ossos –, músculos – os principais responsáveis por direcionar o joelho e permitir que façamos atividades –, nervos, que levam a informação de movimentos do sistema nervoso central até os músculos, e vasos sanguíneos.
A artrose de joelho é um problema bastante comum, já que essa articulação tem uma função muito difícil: carregar nosso peso corporal. Portanto, não é surpreendente que os joelhos sejam as articulações mais vulneráveis a lesões ou ao desenvolvimento de doenças articulares degenerativas como a artrose (osteoartrose). Nela, a cartilagem deteriora-se, e os ossos começam a friccionar diretamente um no outro. O resultado é dor na articulação, que piora dia após dia, limita os seus movimentos e atividades, afeta seu humor, sua saúde e seu bem-estar geral!
Entenda a artrose no joelho
Entenda a artrose no joelho
Fatores que podem levar à artrose do joelho:
Fatores que podem levar à artrose do joelho:
Sintomas mais comuns
Dor, que aumenta quando você está ativo, mas melhora um pouco com o repouso, inchaço, sensação de calor na articulação, rigidez no joelho, especialmente pela manhã ou quando sentado por um tempo, diminuição da mobilidade do joelho – tornando difícil realizar atividades simples como entrar e sair de carros, sentar em cadeiras baixas, subir escadas ou andar distâncias longas, rangido – som de estalo que é ouvido quando se movimenta o joelho.
Como funciona a cirurgia?
Na cirurgia de substituição total do joelho, o osso e a cartilagem da articulação danificada por artrose são substituídos por componentes metálicos de alta resistência, chamados componente femoral e placa de base tibial. Entre o componente femoral e a placa de base tibial, implanta-se polietileno. Ele substitui a função da cartilagem, permitindo que o osso da coxa e o osso da perna deslizem um sobre o outro. Todos os materiais utilizados em substituição total do joelho são altamente biocompatíveis.
Com quase 50 anos de história, a cirurgia de substituição total do joelho é um procedimento muito comum e seguro para o tratamento da artrose grave. Os principais benefícios de uma cirurgia bem sucedida são a redução na dor, a recuperação da mobilidade e a melhora na qualidade de vida.
A tecnologia: como fazemos?
Utilizamos o MyKnee, solução da Medacta. Trata-se de um instrumental cirúrgico que se adapta ao joelho com precisão. Nessa técnica, modelos plásticos do joelho, sob medida para cada paciente, são feitos por meio de impressão 3D, com base na imagem da tomografia computadorizada ou da ressonância magnética com meio diagnóstico.
Isso possibilita a escolha do melhor implante e aumenta ainda mais a precisão da cirurgia.
Além disso, a cirurgia de prótese de joelho também conta com uma abordagem cirúrgica minimamente invasiva (MIS), caracterizada pelo uso de uma incisão menor – normalmente 10 a 15 centímetros, contra 20 a 25 centímetros de uma prótese do joelho tradicional. Uma incisão menor permite menos agressão ao tecido.
Além de uma incisão mais curta, a técnica de abertura do joelho é menos invasiva. Em geral, as técnicas usadas na prótese minimamente invasiva do joelho são “poupadoras do quadríceps”, o que significa que evitam traumas no tendão do quadríceps e nos músculos da frente da coxa. Como as técnicas usadas para expor a articulação envolvem menos ruptura do músculo, podem causar menos dor pós-operatória e reduzir o tempo de recuperação.
Como funciona a cirurgia de prótese de joelho com guias customizados
Como funciona a cirurgia de prótese de joelho com guias customizados
Benefícios da técnica MyKnee
Benefícios da técnica MyKnee
Perguntas frequentes sobre cirurgia de prótese de joelho
A cirurgia de substituição do joelho funciona melhor para pacientes com artrite grave em todo o joelho. Isso é visto com mais frequência em adultos mais velhos, mas também pode ocorrer em pacientes mais jovens devido a uma lesão ou infecção significativa.
Quando a dor da artrite no joelho limita severamente a capacidade de andar, trabalhar ou realizar as tarefas mais simples, a substituição do joelho deve ser considerada.
Manter o peso baixo é bom para o joelho e para a saúde geral. Seria ideal que os pacientes perdessem peso antes de operações, mas, devido às dores, muitos acabam não conseguindo.
Os pacientes devem fazer esforço para iniciar um programa pré-operatório de exercícios. Isométricos simples (exercícios de tensionamento muscular) ajudam a fortalecer os músculos das pernas na preparação para a caminhada pós-operatória.
Elas raramente acontecem, mas podem surgir, já que toda cirurgia traz riscos. Prevenir é sempre a melhor opção. Entre as principais complicações, estão:
- Trombose: por ter os ossos manipulados e o corpo imobilizado após a cirurgia, o organismo tem o risco de passar por uma tromboembolia. Para prevenir, é importante andar e mobilizar o corpo o mais rápido possível, de preferência ainda no dia da cirurgia, além de usar meias elásticas de compressão e medicação para prevenir a formação de coágulos no sangue.
- Infecção: as taxas são baixíssimas quando são seguidos os procedimentos de prevenção, com medicamentos antibióticos, técnica cirúrgica refinada e uma boa estrutura hospitalar. Mas uma infecção pode ocorrer, porque, em um procedimento cirúrgico, os ossos e articulações ficam expostos ao ambiente externo. Para prevenir, o médico deve optar por uma técnica cirúrgica rigorosa e estéril, fazer uma boa avaliação das condições do paciente antes da cirurgia e orientar uso de antibióticos profiláticos (a fim de evitar eventuais infecções).
Se surgirem sinais como febre alta e contínua, alterações da ferida cirúrgica com presença de secreção em moderada ou grande dificuldade, a melhor forma de tratar rapidamente as complicações é avisar o médico.
Mas fique tranquilo: essas complicações são bem conhecidas e muito raras, especialmente quando todas as medidas de prevenção são adotadas. A taxa de sucesso dessa cirurgia, nas condições ideais, é acima de 95%. Ou seja, é um procedimento bastante seguro e confiável.
Isso é um grande mito. As próteses são de metal, e não existe risco algum de rejeição, pois o metal é um material inerte, que não reage com o corpo. Rejeição é um termo médico para a manifestação de um corpo a células diferentes das suas, o que pode acontecer em uma cirurgia de transplante de coração, por exemplo. O que se confunde com frequência com rejeição são casos de infecção.
A escolha da prótese é uma decisão técnica feita pelo médico. Sendo um especialista de ampla experiência, ele sabe escolher a de qualidade garantida. Saiba que todos os maiores fabricantes mundiais atuam também no Brasil, e neste nível não existe “A” melhor prótese, sendo todas muito similares.
Além das radiografias, são comumente necessários exames de sangue e exames de urina (para eliminar chance de uma eventual infecção urinária sem sintomas) e uma avaliação cardiológica e vascular. Outros procedimentos do pré-cirúrgico são uma avaliação fisioterápica para documentação inicial e orientações quanto à mobilidade no pós-operatório, e ainda uma avaliação odontológica, nos casos de suspeita de alguma infecção dentária. Isso porque essa cirurgia não pode ser feita diante da suspeita de alguma infecção bacteriana que esteja ativa no corpo.
A cirurgia leva cerca de uma hora e meia, mas a preparação e os procedimentos pós-cirúrgicos somam mais duas ou três horas até que você seja levado ao quarto do hospital. Em alguns casos, pode ser necessário passar um período em observação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Antes de tudo, o paciente é apresentado à equipe cirúrgica, que normalmente envolve o médico cirurgião, dois médicos assistentes, um instrumentador cirúrgico, médico anestesista e a equipe de enfermagem de suporte cirúrgico.
Uma dúvida bastante comum é em relação à anestesia. Afinal, ela é parte fundamental da cirurgia. O tipo de anestesia indicado para cada paciente é uma decisão conjunta da equipe cirúrgica e anestésica. Geralmente, a anestesia regional, ou raquianestesia, é utilizada e bloqueia os membros inferiores temporariamente. O paciente recebe uma sedação leve. Após os procedimentos de anestesia, a cirurgia tem início.
Após a cirurgia, o paciente recebe todas as orientações médicas e fisioterápicas, além de medicamentos para amenizar dores que possam surgir. Os exercícios, a reabilitação e a fisioterapia são essenciais para a recuperação rápida.
Na grande maioria dos casos, os pacientes passam de dois a quatro dias no hospital.
A substituição do joelho pode corrigir o problema do joelho, mas os músculos permanecem fracos e só serão fortalecidos por meio de exercícios regulares. Pacientes com cirurgia de prótese do joelho requerem fisioterapia para recuperar a amplitude de movimento e fortalecer os músculos. Essa terapia começa no hospital com um fisioterapeuta e continua depois disso.
Como existe mais musculatura na região do quadril, a percepção em relação ao inchaço pode ser menor na cirurgia de prótese de quadril do que na de joelho. Em contrapartida, é mais fácil se mobilizar e ganhar independência quando se opera o joelho.
Contudo, na verdade, nada é pior do que a dor e a limitação da artrose. A maioria dos pacientes comenta que a cirurgia e o pós-operatórios foram muito mais tranquilos do que imaginavam. Ao contrário da técnica convencional de cirurgia de prótese de joelho, em que a recuperação leva meses, a técnica minimamente invasiva (MIS) tem recuperação mais rápida e fácil. Na seção de depoimentos do site você pode ver isso.
Atividade física após colocação da prótese de joelho
Sim, o objetivo da cirurgia para colocar a prótese de joelho é devolver qualidade de vida, atividade e mobilidade ao paciente. A maioria das atividades físicas de baixo impacto pode ser realizada após 3 a 5 meses de cirurgia. Vida normal, ativa e saudável.