Uma reportagem da BBC destaca a procura de atendimento hospitalar no Brasil por idosos, após serem vítimas de queda da própria altura. Todos os dias, são 63 idosos, em média. Desse total, 19 não resistem e vêm a óbito, segundo o texto. Dados do Ministério da Saúde revelam que esse tipo de acidente tem crescido de forma acelerada no país. E que a queda da própria altura é a terceira causa de mortalidade entre as pessoas com mais de 65 anos.
Como tenho dito com frequência, a maior expectativa de vida da população brasileira, que faz o número de idosos ser cada vez maior e consequentemente deste tipo de acidente é uma dos fatores para o aumento dessa tendência.
Vale citar também a osteoporose, uma doença que traz o enfraquecimento progressivo dos ossos, o que aumenta bastante o risco de uma pessoa ter fraturas. A condição é comum em mulheres, acima dos 60 anos, e em homens, dos 70 anos em diante. Saiba mais sobre a osteoporose aqui.
Recentemente, participei do programa Estúdio News, da Record News, em que batemos papo muito interessante sobre como envelhecer bem! Assista aqui:
Mas por que a taxa de mortalidade por essa causa ainda é altíssima?
Porque o processo de recuperação do idoso é mais lento. O paciente fica acamado por muito tempo, aumentando os riscos de problemas circulatórios, trombose, infecção, problema pulmonar e até mesmo depressão.
Falei sobre isso no podcast Inteligência Ltda., confira aqui.
O que você pode fazer para prevenir?
Atividade física moderada, ingestão de cálcio e exposição ao sol para fixar a vitamina D no organismo são os cuidados clássicos que as pessoas podem ter para fortalecer seus ossos.
Outras dicas importantes:
- Instale barras de apoio no banheiro e chuveiro;
- Instale corrimãos em todas as escadas;
- Mantenha pisos livres de coisas nas quais é possível tropeçar
- Adicione luzes extras ou lâmpadas mais brilhantes nas áreas necessárias.
Confira aqui mais cuidados para não fraturar o quadril ao envelhecer (https://drmarcoaurelio.com.br/blog/cuidados-para-nao-fraturar-o-quadril-ao-envelhecer/)
Políticas públicas
É fato que as cidades brasileiras ainda não estão preparadas para o aumento no número de pessoas idosas. Maior capacidade na rede hospitalar, calçadas regulares, ruas bem iluminadas e acessíveis, entre outras medidas são necessárias para que os casos de morte por quedas sejam evitados.