Eu sentia muitas dores e estava em um ponto que eu evitava sair de casa para lazer, só ia trabalhar mesmo. O problema é que a gente vai se adaptando, ao longo do tempo, às dores e às limitações de movimento, infelizmente.

Mas o que me fez decidir pela operação foi não conseguir mais dormir, qualquer posição que me deitava, depois de alguns minutos, já começavam as dores fortes no quadril. Não subia ou descia mais escadas, mas quando havia alguma necessidade de encarar as escadas, demorava bastante para finalizar. Também estava difícil entrar e sair do carro, e me levantar quando estava sentada só era possível com apoio.

Apesar de eu ser médica, cheguei até o Dr. Marco Aurélio porque minha mãe viu uma reportagem com ele. Pesquisei o contato dele e logo marquei consulta e fiquei  bem segura de que deveria fazer minha cirurgia com o Dr. Marco Aurélio.

Uma coisa que fiz durante meu pré-cirúrgico foram sessões de fisioterapia para ajudar a fortalecer a minha musculatura e aliviar um pouco as dores que sentia constantemente. Acho que fez bastante diferença!

Eu estava tão certa da minha decisão que escolhi fazer os dois quadris durante a mesma cirurgia. Me preparei psicologicamente para sentir MUITA dor, mesmo o doutor me falando antes da cirurgia que eu podia confiar que a dor seria menor do que a que eu já tinha… e confiei nele.

O pós-cirúrgico imediato foi tranquilo, andei no mesmo dia. Me lembro de ter acordado já mexendo as pernas e sem dor, pensei que fosse pela anestesia ainda, mas realmente NUNCA mais tive dor. Dormi sem dor, andei no mesmo dia sem dor e fiquei só com analgésico, que depois da alta eu nem tomei mais. Tive um problema só por hipotensão, então pedi para ficar internada mais um dia, pois teria alta em 48h e acabou dando tudo certo.

Dor articular eu nunca mais senti nem no dia seguinte da cirurgia já sem efeito de anestesia. Achei que fosse ser difícil andar, sentar, levantar, não só pela dor, mas por limitação no pós-cirúrgico e não foi assim, pelo contrário, cada dia vai sendo mais fácil voltar a ter uma vida normal. É surreal!!

A adaptação da prótese na verdade é você se desfazer dos seus “vícios” adquiridos antes por causa da dor e da limitação de movimento que a gente guarda na memória. Eu tive que “lembrar” que agora posso fazer as coisas.

Então voltei no mesmo lugar que estava fazendo fisioterapia antes da operação, mas eu ficava tensa ao realizar os exercícios com receio de sentir dor e, muitas vezes, fazia o exercício até o ponto que fazia antes, sendo que tinha capacidade de ir além. Com poucos dias eu pensava: nossa consigo fazer isso de novo.. posso dormir de lado de novo.. que maravilha!

Eu enho uma vida agora normal, consigo fazer  coisas que não fazia há muitos e muitos anos. Não sinto mais nenhuma limitação.

DEPOIMENTO:  POLIANA MARIA SUSIN PINTO

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