Eu tinha muita dor no quadril. Mas achava que meu problema era no pé. Pensei que fazendo a cirurgia para tratar o joanete e a pisada errada, tudo melhoraria e isso aliviaria o problema no quadril. Operei e não adiantou nada. As dores continuavam e o que mais me incomodava eram as limitações. Não conseguia mais caminhar direito. Em certo momento entrei na academia acreditando que a atividade física iria me ajudar, mas quase não conseguia fazer exercício algum. Lembro de um dia que estava indo para a praia, que fica a um quarteirão da minha casa. Pedi à minha irmã que fosse antes, eu iria depois. No meio do caminho, sentei e comecei a chorar, porque não conseguia mais andar. Meu corpo todo estava travado. Não sabia que tinha artrose. Nessa época, fazia tratamento com um profissional, que me prescrevia medicamentos, mas eles já não ajudavam em nada.

Foi só quando perdi o medo de fazer a cirurgia de prótese de quadril que as coisas mudaram. Tive muita segurança depois de conhecer a técnica AMIS – via anterior. Vejo que se tivesse conhecido antes, teria evitado uma queda que causou um problema no ombro e vários outros problemas.

Quem me viu não acredita que em tão pouco tempo retomei minha vida normal. Uma semana depois da cirurgia, já estava andando com alguma independência. É espantoso como a recuperação foi rápida. O corte que foi feito é muito pequeno, entre 10 a 15 centímetros. Foi uma surpresa muito boa, e com certeza se eu soubesse que seria assim, teria feito antes. Antes da cirurgia cheguei a alugar cadeira de rodas e andador, achando que ficaria imobilizada vários meses. Mas não precisei usar! A única coisa chata foi usar a meia de compressão nas pernas para evitar trombose, mas isso é necessário.

Hoje tenho uma vida normal e não tomo mais remédio nenhum para dor. Faço caminhadas sem sentir dor alguma.

A.B., 70 anos*

(O nome do paciente entrevistado foi mantido em sigilo por questões éticas | imagem meramente ilustrativa).